Positividade tóxica.
Você já esteve triste, desanimada, se sentindo péssima...
E aí aparece alguém todo sorrisos te dizendo que você deveria agradecer pela vida linda que tem, que está reclamando demais, que precisa “ver o lado bom de tudo”?
Pois é. Aposto que já viveu isso.
Ou talvez já tenha feito isso com alguém.
Talvez até com você mesma.
Quantas vezes você estava mal, mas fingiu estar bem… só para não preocupar ninguém?
Quantas vezes engoliu a dor só para não estragar o clima?
Esse é o problema da positividade tóxica: quando você não se permite sentir.
Ou não permite que o outro sinta.
Fingir que está tudo bem quando claramente não está não é força, é negação.
É apagar o que você sente para caber numa expectativa que nem é sua.
É sufocar o outro com frases prontas só porque você não sabe lidar com a dor dele.
E o pior: isso não cura. Só adia.
Sentimentos reprimidos voltam. E voltam mais fortes, mais confusos.
Tem algo muito valioso que a gente esquece:
liberdade emocional também é liberdade de expressão.
Você pode sentir. O outro também.
Pode ficar triste. Pode desabar. Pode ter dias ruins.
E ninguém tem o direito de invalidar isso com um "ah, mas olha o lado bom".
Querer ver o lado bom é bonito.
Mas sentir o lado ruim também é necessário.
Porque só quem sente de verdade, vive de verdade.